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De frente pr’o espelho
Vencia o medo e se indagava
Sobre a bruta vida que havia levado
Sobre os momentos pelos quais tinha passado

Era triste seu olhar
Havia um espectro de melancolia
Cada vez que sua imagem refletia

Um sorriso choroso derretia sua face
Com lágrimas que caíam ao chão
Como se desfizessem pouco a pouco
Todas as memórias as quais não queria ter

Tristeza não cabia mais no coração
A dor dos anos estava abarcando além da sua vaidade,
O seu pulsante.
Uma pressão cruel por ter levado com o tempo
Sofrimento. Desilusão.

Queria ser diferente
O diferente se tornara igual
Seguiu a linha, foi com a moda.
A moda era ser legal.
Tornou-se sólida, insólita.
Deixaram-na. Uma meretriz de seu descaso.
A futilidade tornou-a rainha de sua própria amargura pelo passado.

Deixou de viver por ter-se vivido
Deixou de amar por ter-se amado
Deixou de construir por ter-se mascarado
Deixou-se maltratar, por ter-se abandonado.

- Paulo Renato Messa Garcia -

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Paulo

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